GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS/AS 2012
GRITAREMOS HOJE AMANHÃ E SEMPRE!
Aos
Companheiros e Companheiras da Luta,
Ao contrário de milhares de
brasileiros que resolveram aproveitar o feriado prolongado ou de outros tantos
que foram ver o desfile oficial de 07 de setembro, militantes dos movimentos
populares, pastorais sociais, Universidade, entre outras organizações da classe
trabalhadora brasileira saíram às ruas para protestar e lutar contra a
realidade social cada dia mais cruel que usurpa os direitos da classe
trabalhadora e criminaliza a luta dos movimentos populares.
Em Goiânia, logo cedo
milhares de militantes populares se concentraram em frente à Assembléia
Legislativa de Goiás, e com uma grande ciranda iniciamos o ato do Grito dos
Excluídos 1210. Com bandeiras, faixas, cartazes, palavras de ordem, além das
musicas de luta que fortalecem nossa mística e alimentando nossa alma
tomamos as ruas do centro de Goiânia.
A primeira parada foi em
frente ao monumento em homenagem aos camaradas tombados durante a ditadura
militar. Ouvimos Pinheiro Salles e Zezinho do Araguaia que, além de
trazerem nos corpos as seqüela se as lembranças dos camaradas
tombados naquele período, trazem também a força de quem não desistiu da
luta e que ousa gritar Por justiça. E esse foi nosso grito coletivo,ali em
frente o poder judiciário de Goiás, que atua com uma agilidade incrível na
criminalização da luta popular.
Nossa marcha seguiu adiante,
subimos rumo à Praça Cívica e passamos triunfantes ao lado do desfile cívico
oficial - Tremam autoridades, pois nossa marcha de gigantes só irá cessar
quando triunfarmos, portanto tremam, pois os vencidos de hoje serão os
vencedores de amanhã, já dizia Bertolt Brecht.
Em frente ao Palácio do
governo do estado denunciamos o descaso com a política de educação, saúde e
moradia. Fizemos o enterro simbólico dessas políticas do governo, pois as
mesmas não atendem as necessidades do povo. Continuaremos na luta contra a
privatização da saúde, contra o sucateamento da educação e por moradia digna a
todas e todos.
Sob o sol escaldante do
nosso querido cerrado goiano, descemos a Avenida Goiás, paramos em frente ao
Grande Hotel, para protestarmos contra a falta de espaços culturais para os
artistas populares de Goiânia, pois atualmente os poucos espaços
existentes, a exemplo do chorinho, estão sendo fechados.
Chegamos então na Praça do
bandeirante Anhanguera: Genocida dos povos indígenas, usurpador de terras e de
riquezas - Eis ai o símbolo da elite goiana. Gritamos contra a criminalização
da pobreza e dos movimentos populares. Ali ouvimos grito tão emocionante e
indignado como o da mãe que perdera o filho devido a violência de uma policia
fascista a serviço de um estado fascista. Gritamos também por reforma agrária -
Sim ela virá, mais do que nunca na lei ou na marra!
Por fim, escrevemos em um
grande tecido nossos sonhos, que nada mais são do que as lutas que fazemos no
dia a dia pela construção de uma nova sociedade. Dom Tomas Balduíno a voz da
resistência encerrou, dizendo: “a luta há de continuar sempre enquanto houver
excluídas e excluídos!” Ouviu-se então: viva a luta pelo socialismo!
Sim, assim foi o nosso grito
- Queremos e lutaremos por Educação, Saúde, Moradia Digna, Reforma Agrária e o
fim da criminalização da pobreza e dos movimentos populares. Queremos muito?
Não, apenas um estado a serviço da nação que garanta direito a toda a
população. Por tanto gritaremos hoje, amanhã e sempre. Enquanto for necessário,
enquanto houver opressão!
E ainda com a memória viva e
com o coração ardendo por tudo que vivenciamos neste dia, é que, queremos
AGRADECER todas as Organizações que apoiaram financeiramente, ou na
logística ou fisicamente, ou seja, de uma forma ou de outra para
realização deste ato do dia 7 de setembro-Grito dos Excluídos/as. Tudo que
vimos, ouvimos e vivenciamos foi por causa do compromisso e do apoio de todos e
todas os(as) envolvidos(as) no processo.E como nosso Grito é hoje amanhã e sempre,
queremos convidar todos os/as sujeitos que
contribuíram nesse processo para REUNÃO DE AVALIAÇÃO, NO DIA 11 DE
OUTUBRO AS 18h30min NO CENTRO CULTURAL CARA VIDEO.
Sua presença para
continuação da construção do projeto Popular em Goiás é muito importante.
Arilene Martins de Souza
Educadora Popular
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