quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pela Vida Grita A Terra... Por Direitos, Todos Nós!

Esse foi o lema do Grito dos Excluídos de 2011. Esta manifestação e a Semana da Pátria já se tornaram iniciativas geminadas. O evento foi realizado pela primeira vez em 1955, no decorrer da Segunda Semana Social Brasileira. Trata-se de conferir ao Dia da Independência uma participação mais consciente, seja por parte de cada cidadão e cidadã em particular, seja por parte do conjunto das pastorais, movimentos e organizações sociais em geral.
Em lugar de um patriotismo passivo, que assiste da arquibancada ao desfile comemorativo, propõe-se um patriotismo ativo, que toma as ruas e reflete sobre os destinos do país. Na primeira edição do Grito dos Excluídos, estava em pauta o tema da Vida em primeiro lugar, aprofundando a reflexão sobre a Campanha da Fraternidade daquele ano. Em 2011, em sua 17ª edição, e sempre em sintonia com a temática da CF, o lema trouxe a preocupação com a biodiversidade: Pela vida grita a terra... Por direitos todos nós!
O Grito dos Excluídos, porém, não constitui um evento localizado no tempo e no espaço. Desenvolve-se através de um processo de centenas de ações diversificadas e em distintos lugares. Contribui para isso uma parceria entre vários protagonistas organizados, envolvendo as forças sociais vivas e ativas. O processo contém um antes, um durante e um depois.
Na fase do antes, realizam-se uma série de atividades em preparação ao dia 7 de setembro, tais como cursos, seminários, reflexões, pré-gritos, estudos e debates, tudo gravitando ao redor do tema central. No decorrer de sua trajetória, o Grito tem sido referência, durante a Semana da Pátria, para formas de mobilização como os plebiscitos populares ou abaixo assinados de abrangência nacional.
A fase relacionada ao durante, no Dia da Independência propriamente dito, celebra-se simultaneamente a festa e a luta. Mobilizam-se milhares de pessoas em todo território nacional, através de marchas, atos públicos, passeatas, protestos, expressões culturais diversas, celebrações especiais. Um dos eventos mais significativos ocorre na Basílica de Aparecida, juntamente com a Romaria dos Trabalhadores, organizada pela Pastoral Operária.
Já a fase do depois, dando sequência às manifestações em torno do Grito, procura não deixar cair a bola. Trata-se de seguir debatendo o tema nas diversas organizações e instâncias. Amplia-se a consciência de que a participação popular é de fundamental importância para a construção de um projeto popular para o Brasil.

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